sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Importância do consumo de alho

ALHO

Desde há muito tempo, a ingestão de alho tem sido empiricamente associada ao fortalecimento do sistema imunológico e à prevenção de doenças cardiovascular...es.

Em certa medida, essas qualidades encontraram suporte em vários estudos laboratoriais realizados na última década. Segundo eles, tais propriedades provêm de alguns fitoquímicos, da arginina que modula a função dos linfócitos T (células importantes que compõe a defesa imune do organismo), e a alicina, que também estimula a proliferação e a diferenciação de células do sistema imunológico.

Também em estudos laboratoriais, verificou-se que o alho contém outras substâncias ativas que proporcionam ação expectorante, antisséptica, bactericida e anticoagulante que, em tese, poderiam reduzir a possibilidade de eventos cardiovasculares.
Estudos clínicos, contudo, ainda não foram conclusivos no sentido de comprovar, na prática, os potenciais efeitos sugeridos por pesquisas experimentais.

Por exemplo, os vários estudos clínicos que examinaram a relação entre ingestão de alho e morbidade e mortalidade cardiovascular permanecem inconclusivos.

Por outro lado, embora estudos preliminares apontem para uma relação positiva entre consumo de alho e menor incidência de certos tipos de câncer como de estômago e do intestino, estudos com maior profundidade ainda não foram realizados.

Em que pesem as dúvidas, os potenciais benefícios são tantos que diante da ausência de contra-indicações não se pode criticar quem garanta em seu cardápio um alho por dia.

Quanto ao melhor aproveitamento de seus benefícios, todos parecem concordar que o consumo do alho in natura leva vantagem — não há dúvida de que seus efeitos se perdem nas preparações em pó, em molhos ou em temperos prontos

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Embrapa lança alimentos com maior teor de vitaminas e nutrientes

Alimentos reforçados

Feijão com o dobro de ferro, batata-doce alaranjada com muita vitamina A e arroz polido com altos teores de zinco.

Esses alimentos já estão sendo produzidos no Brasil e podem ser aliados importantes no combate à desnutrição, principalmente da população mais pobre.

Os produtos foram desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e são conhecidos como alimentos biofortificados.

Sem transgênicos

A técnica proporciona o melhoramento por meio da seleção das sementes que apresentam características desejáveis de micronutrientes e não usa a manipulação genética, o que significa que não são alimentos transgênicos.

A pesquisa começou há cerca de dez anos, sob a coordenação da engenheira de alimentos da Embrapa Marilia Nucci.

"Nós estamos desenvolvendo cultivos agrícolas com maiores teores de ferro, zinco e pró-vitamina A. Começamos trabalhando com mandioca, feijão e milho. Depois fomos adicionando outros alimentos, como o feijão caupi [variedade resistente à seca], batata-doce, trigo e abóbora. Estamos buscando alimentos básicos, consumidos em grande quantidade pela população mais carente."

Alimentos biofortificados

O feijão teve os teores elevados de 50 gramas para 90 gramas de ferro por quilo.

A mandioca, que praticamente não tem betacaroteno, passou para nove microgramas por grama.

A batata-doce teve o betacaroteno elevado de 10 microgramas por grama para 115 microgramas por grama. O arroz teve o teor de zinco acrescido de 12 para 18 microgramas por quilo.

"A batata-doce que nós lançamos é cor de abóbora. Ela tem a mesma quantidade de pró-vitamina A que a cenoura. O gosto é muito bom e está agradando principalmente as crianças", disse.

A Embrapa faz parte de uma aliança internacional para desenvolver alimentos biofortificados, mas a propriedade intelectual do que for desenvolvido no Brasil pertencerá à empresa.

No país, já são cerca de 1,2 mil famílias plantando alimentos biofortificados, com expectativa de se chegar a 15 mil nos próximos três anos.

Projeto Biofort

Em 2014, a Embrapa pretende desenvolver um teste de impacto nutricional com a população para medir os resultados dos alimentos biofortificados em comparação aos convencionais.

Atualmente a empresa desenvolve sete variedades agrícolas: abóbora, arroz, batata-doce, feijão, feijão caupi, mandioca e milho.

A Embrapa dispõe de uma quantidade de sementes para o plantio das safras. A distribuição é feita por meio de pedidos diretos, que podem ser feitos por prefeituras ou escolas, podendo ser utilizados nos programas de merenda escolar.

O foco do projeto é a Região Nordeste. Testes foram feitos nos estados do Maranhão, de Sergipe e do Piauí, onde também é processada a multiplicação das sementes.

Outras informações podem ser acessadas na página da Embrapa sobre o projeto: www.biofort.com.br.