Óleos de coco, macadâmia, gergelim, cártamo, linhaça e girassol
Conheça e compare os principais benefícios destes óleos funcionais.
Extraídos de sementes, frutas e grãos eles contribuem para a saúde e ainda auxiliam no emagrecimento...
Os alimentos funcionais foram classificados pela Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) como alimentos ou ingredientes com
propriedades funcionais que podem, além de suas funções nutricionais
básicas, produzir efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou benéficos à
saúde, sendo seguros para consumo sem supervisão médica.
Dentro desse grupo de alimentos, encontramos os óleos funcionais.
Extraídos de sementes, frutas e grãos diversos, o consumo regular desses
óleos pode trazer inúmeros benefícios para o corpo, a beleza e a saúde.
Basta uma pequena dose diária para prevenir doenças cardíacas,
controlar o colesterol, potencializar o emagrecimento, cuidar da pele e
até mesmo suavizar os efeitos da tensão pré-menstrual.
Para
garantir a eficácia desses óleos, eles são extraídos em uma prensagem
fria e não passam por refinamento nem recebem a adição de solventes.
Dessa maneira, todas as propriedades benéficas do alimento são
devidamente conservadas.
Seguindo esse raciocínio, os
especialistas recomendam que os óleos sejam ingeridos em temperatura
ambiente, pois o aquecimento também pode eliminar alguns nutrientes
importantes e diminuir a eficácia do produto. Para contar com todos os
benefícios dos óleos, basta ingerir duas colheres de chá ou de sopa por
dia, seguindo a recomendação do seu nutricionista.
Conheça alguns tipos de óleos funcionais e saiba quais são as vantagens de incluí-los em sua dieta.
- Óleo de coco
O óleo extraído das frutas maduras do coqueiro não teve sempre uma boa
fama. De acordo com o jornal US News, por muito tempo os especialistas
desaconselharam o consumo desse tipo de alimento devido à presença das
gorduras saturadas. Mas estudos mostraram que ele é formado por uma
cadeia de triglicerídeos de tamanho médio (menor do que as cadeias dos
outros tipos de gorduras saturadas), que faz com que o óleo seja
metabolizado de maneira mais rápida, evitando que o alimento se acumule e
se transforme em gordura no organismo.
O jornal The Huffington
Post indica que, quando ingerido, o óleo de coco é convertido em
energia imediatamente, acelerando o metabolismo e sendo digerido mais
rapidamente. Na prática, isso significa que é possível investir no
alimento como um grande aliado na busca do emagrecimento. Sua ação no
organismo colabora com o gasto energético e, como resultado, temos uma
perda significativa de peso e medidas.
Além disso, o jornal The
Huffington Post afirma que o alimento é fonte de energia, possui ação
antifúngica, diminui a acne e faz bem para unhas e cabelos. A
pesquisadora especializada em Ciência Nutricional, Dra. Mary Enig, ainda
afirma que o óleo de coco fortalece o sistema imunológico e aumenta a
resposta do organismo a inflamações, melhorando a resistência as
doenças.
- Óleo de macadâmia
O óleo de macadâmia é um
poderoso aliado no combate ao colesterol, às doenças do coração e do
envelhecimento. Consumido naturalmente, como acompanhamento de saladas,
por exemplo, ou presente na formulação de diversos cosméticos por sua
ação emoliente, o óleo extraído dos grãos é rico em ômega-7 e vitaminas A
e E.
Um estudo realizado em 2003 no Centro de Pesquisas de
Nutrição, na Austrália, demonstrou que o consumo regular do óleo diminui
consideravelmente os níveis de colesterol total e LDL. Ainda ficou
comprovado que, apesar de conter gorduras em sua composição, o óleo de
macadâmia auxilia no controle do peso sem aumentar as taxas de
colesterol.
Para fins cosméticos, o produto pode ser aplicado
diretamente sobre a pele. O jornal The Huffington Post ainda lembra que o
óleo é facilmente absorvido pela epiderme, couro cabeludo e cabelos.
Além de um ótimo emoliente, o óleo cria uma espécie de barreira
protetora sobre a pele e os cabelos, agindo contra os efeitos do vento e
do calor excessivo.
O portal Live Strong também lembra que os
grãos de macadâmia são ricos em ácido palmitoleico, uma das substâncias
que compõem a pele, mas que vai se perdendo com o passar dos anos. Sendo
assim, o óleo pode ser usado para repor essa substância, combatendo o
ressecamento da pele e o envelhecimento e ajudando a manter um aspecto
sempre jovial.
- Óleo de gergelim
A pequena semente
de origem oriental é rica em propriedades funcionais. Entre elas, a
capacidade de reduzir a quantidade de açúcar no sangue para pacientes
diabéticos e diminuir a pressão arterial em pacientes cardíacos. E
ainda, devido à presença da vitamina E em sua composição, traz alguns
benefícios para a saúde da pele.
Um estudo realizado na Índia
avaliou 32 voluntários e 18 voluntárias, com idade entre 35 e 60 anos,
que foram instruídos a utilizar, sempre que necessário, exclusivamente o
óleo de gergelim em suas refeições por 45 dias. A substituição dos
óleos comuns pelo óleo de gergelim resultou em uma melhora significativa
da saúde dos pacientes. Depois de decorrido o período, os pesquisadores
fizeram exames e constataram que os pacientes com pressão arterial alta
apresentavam pressão normal, além de demonstrarem uma diferença
significativa no peso e na massa corporal. Nos pacientes hipertensos,
ainda foi possível notar um aumento nos níveis de antioxidantes,
substâncias que protegem o fígado e evitam o acúmulo de toxinas e
gorduras no organismo.
Segundo o Live Strong, o óleo da semente
ainda pode ser usado para trazer muitos benefícios para a pele. O site
afirma que foi possível notar que as pessoas que aplicam óleo de
gergelim diretamente sobre a pele diminuem o aparecimento de infecções
cutâneas e, se aplicado nas juntas, elimina as dores graças à sua ação
antibacteriana e anti-inflamatória. O óleo também foi usado no combate
ao câncer de pele e se mostrou muito eficaz na redução do surgimento e
desenvolvimento de melanomas.
- Óleo de cártamo
O
óleo de cártamo é extraído de uma planta bulbosa semelhante ao açafrão,
servindo até mesmo como substituto do ingrediente na culinária. Rico em
antioxidantes e ômegas, pesquisas revelam que uma pequena dose diária
desse óleo traz muitos benefícios para a saúde.
Em 2011, um
estudo desenvolvido na Ohio State University, liderado pela pesquisadora
Martha Belury e publicado no portal Science Daily apontou que o segredo
do óleo de cártamo está no ômega-6 – também conhecido como ácido
linoleico – e abundantemente encontrado na planta.
A pesquisa
contou com voluntárias do sexo feminino que estavam no período
pós-menopausa e apresentavam sobrepeso. Elas foram instruídas a tomar um
pouco menos do que duas colheres de chá de óleo de cártamo por dia e,
após 16 semanas, apresentaram uma redução significativa nos níveis de
colesterol e nas taxas de açúcar presente no sangue – dois fatores de
risco muito comuns em pacientes acima do peso.
Esses resultados
complementam uma pesquisa realizada pelo mesmo grupo em 2009 e
publicada no portal American Journal of Clinical Nutrition. No primeiro
estudo, os pesquisadores concluíram que o ácido linoleico encontrado no
óleo de cártamo contribui para o emagrecimento, diminui a ocorrência de
inflamações e reduz a resistência à insulina. Associando as duas
pesquisas, Martha Belury e sua equipe puderam concluir que o alimento
aumenta a sensibilidade do organismo à insulina. A boa notícia é que com
o aumento da sensibilidade, cai drasticamente o risco do
desenvolvimento da diabete de tipo 2.
- Óleo de linhaça
Assim como os demais óleos extraídos de grãos e sementes, o óleo de
linhaça é vastamente utilizado no controle do colesterol e da pressão
arterial, além de apresentar ação anti-inflamatória. Mas o alimento
também pode ser usado para algumas finalidades especiais.
O
Centro Médico da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos,
desenvolveu uma extensa pesquisa acerca do óleo extraído das pequenas
sementes da linhaça. Os pesquisadores explicam que esse óleo é uma
excelente fonte de ômega-3 e ômega-6, que são substâncias importantes
para a saúde do organismo.
De acordo com a pesquisa, o alimento
contém ácido alfalinolênico (ALA) que, quando consumido, é convertido
pelo organismo nos ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico
(DHA). Os pesquisadores apontam que esses últimos compostos são
vastamente encontrados no óleo de peixe, o que faz com que o óleo de
linhaça seja uma alternativa aos vegetarianos que desejam complementar
sua alimentação e o fazem exclusivamente com alimentos de origem
vegetal.
Já o portal Live Strong indica um estudo realizado na
Universidade Park, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, conduzido pela
pesquisadora Amy Griel e publicado no portal Nutrition Journal acerca da
relação entre o consumo do óleo de linhaça e os benefícios na estrutura
óssea. As análises feitas com 23 voluntários (20 homens e 3 mulheres)
demonstraram que o ômega-3 contido no óleo previne e protege o
metabolismo dos ossos.
Naturalmente, a estrutura óssea sofre um
desgaste que é recompensado por um ciclo de regeneração pelo qual o
organismo passa. Com o envelhecimento e a deficiência da absorção de
vitaminas, essa regeneração perde parcialmente sua capacidade de
recuperar os ossos, o que acaba resultando no enfraquecimento e,
consequentemente, no aparecimento de doenças, como a osteoporose. O
estudo revela que o óleo de linhaça tem a capacidade de desacelerar e
até mesmo reverter esse processo.
- Óleo de girassol
Tão comum quanto o óleo de soja ou de milho, o óleo de girassol
representa uma alternativa mais saudável na cozinha. Além disso, as
mulheres podem abusar dos benefícios dele, já que o alimento é rico em
triptofano, um aminoácido que tem o poder de reduzir o inchaço e ajuda a
melhorar o humor. O óleo de girassol ainda representa uma ótima fonte
de ácidos graxos (ômage-6 e ômega-9) e vitamina E.
Mas a maior
vantagem de inserir esse alimento na sua dieta regular é proteger o seu
coração. A vitamina E presente no óleo defende o organismo contra os
radicais livres e impede a formação de placas de aterosclerose – uma
doença inflamatória que age sobre os vasos sanguíneos.
Um
estudo realizado na Tufts University, em Boston, nos Estados Unidos e
publicado no portal Journey of the American College of Nutrition também
aponta que o óleo de linhaça diminui consideravelmente os níveis de
colesterol, o que representa um cuidado a mais com a saúde do coração já
que o risco de doenças cardiovasculares cai consideravelmente.
Nunca é demais lembrar que o consumo dos óleos funcionais deve estar
associado a uma dieta equilibrada e à pratica regular de exercícios.
Além da alimentação e da aplicação na pele, em alguns casos também é
possível ingerir os óleos em forma de cápsulas. No entanto, o
acompanhamento médico é indispensável em qualquer uma das situações.
Lembre-se de consultar um especialista sempre que desejar fazer
mudanças significativas na sua dieta. Ele é um profissional capacitado e
saberá indicar os melhores alimentos e a dosagem correta para que você
alcance seus objetivos de maneira segura e eficaz.
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